top of page

REURBANIZAÇÃO DOS TERRITÓRIOS DAS MARGINAIS EM SÃO PAULO -

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL: 2º LUGAR, PRÊMIO IAB

> Local e data: São Paulo, 1999

 

> Concurso Nacional (IAB): 2º Colocado

 

> Autores: Francisco Spadoni e Carlos Leite

 

> Equipe: Selma Bosquê e Jaime Vega 

 

CONCEITUAÇÃO

 

O conceito básico da intervenção foi o de refazer a cidade a partir de suas estruturas. Anular os resíduos urbanos, reconstituindo-os como uma totalidade para a cidade através da paisagem urbana.

Tratava-se de lançar um olhar abrangente, metropolitano, para a reestruturação urbana e paisagística das marginais. Ambicionou-se a constituição de um eixo verde com 42 km de extensão, que respondesse à degradação ambiental da várzea e a qualificaria, com sua extensa rede de eventos, como o grande espaço público metropolitano.

As estruturas resultantes do processo de urbanização de São Paulo deveriam ser a matéria-prima para a transformação da cidade. São a sua atual geografia e foram constituídas a um custo histórico e social impossível de ser desconsiderado por qualquer processo que implique em sua alteração.

A geografia dos vales dos rios Pinheiros e Tietê, atualizada por suas vias expressas, compõe uma imagem periférica dentro do tecido da cidade: grandes distâncias, velocidade, delimitação de fronteiras. Esta composição mostra um problema em três segmentos. O rio, as vias expressas e os territórios desconexos: os públicos , margens e canteiros, e os privados: a faixa de urbanização lindeira.

Consideramos essa intervenção como o enfrentamento de cada um destes segmentos em seus valores e escalas intrínsecos, que, no conjunto, pudessem compor o cenário da requalificação urbana. A constituição de densa área verde envolvendo o rio e as marginais - não destinada ao uso local, mas à constituição de uma paisagem de fruição metropolitana. A recuperação dos rios. A otimização dos fluxos. A ocupação organizada das franjas urbanas.

A proposta de intervenção propôs um processo de urbanismo dinâmico através da organização de quatro matrizes urbanas complementares que se sobrepõem e abrem a possibilidade de desenhos múltiplos dentro de suas várias combinações. Uma nova dinâmica urbana, mais flexível às demandas e aos programas múltiplos da metrópole contemporânea.

As matrizes priorizaram a idéia da recuperação ambiental da várzea, através da implantação de um projeto florestal que se completou por propostas para os sistemas de fluxo; infra-estrutura e de novos usos e ocupação para as áreas lindeiras.

bottom of page